A blogosphera tecnológica portuguesa tem me vindo a entristecer com a quantidade de POSTS de matéria dúbia de interesse. Sinto mesmo que as pessoas escrevem por um sentimento "obrigação" perantes os eventuais leitores quando por vezes o silêncio valeria ouro.
Esta postura de bloggar leva ao descrédito da blogosphera já que os assuntos são tratados de uma forma tão leviana que por vezes levam mesmo á desinformação do leitor, e piora quando se constata toda a Buzzz word web 2.0, onde se apregoa a iniciativa e opinião pessoal, não passa da atitude de rebanho com SEO em mente.
Um caso prático desta situação foi os threads que
esta carta originou. Alguém por auto recriação referiu a ASAE como uma das autoras, isso originou que o resto dos bloggers fizessem o mesmo. Bastava ler a carta para se verificar que não existe uma única referência à ASAE, mas o copy paste de conteúdos e opinões parece ser o método preferido.
Confundir as instituições que assinaram aquela carta com a ASAE é grave, já que passa a ideia que uma autoridade sob a tutela do governo português pressiona e influência uma decisão judicial noutro estado, o que levaria a confrontos instituicionais dentro da UE. Seria igualmente grave a ASAE proferir uma carta que demonstra uma total ignorância técnica sobre o protocolo. Mesmo no nosso país o PirateBay nunca podia ser condenado por violações de direitos de autores pois os trackers não são as obras. No limite podem acusá-los de incentivo á prática de um crime, mas como o protocolo Bittorrent serve também propósitos legais, seria o mesmo que condenar um ISP porque um dos seus users fez SPAM pelo servidor SMTP dos mesmos, ou condenar a Portugal telecom porque uns terroristas fizeram chamadas pela TMN.
Estes bloggers só contribuem para o ruído que estes burgueses que alegadamente protegem os direitos de autores pretendem enviar á sociedade.
Este ruído chega ao cúmulo de as pessoas andarem com receio de possuir no automóvel CDs gravados. Caros amigos, a constituição permite a cópia para consumo privado e não lucrativo, não se deixem intoxicar pelas pseudo leis de lobbys americanos.