Saiu ontem nas notícias um projecto do MAI que visa dotar os veículos das autoridades com um sistema que permite detectar automóveis que circulam ilegalmente.
O objectivo é louvável, apenas fiquei céptico com o sistema tecnológico usado. Tentei encontrar pela net pormenores da implementação sem sucesso, nem mesma a empresa contratada consegui obter, algo que me permitia ter uma melhor visão técnica e quiçá política da solução.
Pela reportagem diria que se trata de um sistema dotado de um óptica associada a um software de reconhecimento de imagem que posteriormente compara a matrícula contra uma Base de dados remota. O sistema custa 11mil euros por viatura.
O cepticismo advêm do timing da solução tecnológica adoptada, pois se daqui a meio ano todos os veículos terão obrigatoriamente de usar RFID nas matrículas, não seria mais viável um sistema de recepção RF?
As vantagens a nível económico são óbvias, e a nível funcional o facto de termos uma transmissão Omnidireccional parece-me mais eficiente, faltando saber a força de sinal das tags nas matriculas devido a questões de privacidade e a distância com que este sistema de reconhecimento de imagem consegue identificar as matrículas, o que não permite uma conclusão factual.

Acho que este sistema continua a ser preferível ao chip electrónico já que, no chip, suponho que nada impeça um ladrão de remover o chip de forma a não ser identificado?

Hugz,
Luís

Vai ter de haver sistemas para a detecção de quem não usa chips, senão ninguém colocava. Esses são logo suspeitos.

È muito complicado saberes a quem pertence dada RFID tag especialmente em ambientes urbanos... Na auto-estrada funciona muito bem porque só queres saber que passaste lá e não que carros eras...

Diogo, bom ponto de vista.
O sistema actual diz-te que automovél é? Imprime uma foto completa do veículo e ambiente circundante ou avisa-te que visualizou a matricula XPTO que se encontra ilegal nos arredores e cabe depois aos agentes verificar?