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Desgoverno Magalhanês
Sun Mar 8 13:00 2009



Pois é, as atitudes governamentais tiveram a força de interromper a emissão estática das minhas reflexões.
Eu entendo o artigo do expresso intitulado "Jogos educativos do
'Magalhães' repletos de erros de português", já se percebeu que a população portuguesa é tão brojeça que este tipo de jornalismo sensacionalista é que cativa as vendas, por alguma coisa a TVI possuí o maior share nacional. Aliás, basta ver os comentários deixados nas versões dos jornais online para se definir o perfil do típico leitor Português. È uma pessoa que tem o síndroma Marcelo Rebelo de Sousa, sabe tudo desde Desporto, economia, direito, tecnologia, etc.., com a diferença que todas estas áreas foram tiradas no ensino "das novas oportunidades", o mesmo é dizer que não sabem um caralho, ou da poda a metade em bom português.
Todos devemos ter opiniões mas fundamentadas e construtivas, não meras diarreias mentais baseadas no que uns sensacionalistas decidiram escrever, é preciso ir mais fundo, ouvir várias partes e dissecar a substância do acessório.
O problema é que o governo é um espelho da população, e tomam-se medidas baseadas no conhecimento leviano dos assuntos e na pressão dos media.
Um governo que decide a remoção de um software por este apresentar eventuais erros e nem sequer toma a iniciativa de saber que esses erros são de uma versão antiga do software e que aparentemente a versão actual mitiga muitos dos mesmos, está governar ao sabor da maré, da não contestação em deterioramento da evolução.

Mas este episódio expõe de uma forma cabal uma das fraquezas do Software Livre, a falta de qualidade das traduções. È inadmissível que um software educativo apresente este tipo de erros ortográficos, mesmo a sua primeira versão. Acredito nas melhores intenções de quem traduziu, mas é por demais evidente que a 4ª classe de Português não é requisito suficiente para a função.












Sun Mar 8 14:17 2009



boas,

pelo que é afirmado pelo Paulo Trezentos a pessoa em causa é licenciada em filosofia e creio que tem tb um curso de informática.

o porquê dos erros nesse caso? não faço ideia, presumo que em virtude de viver à muitos anos em França? alguns não se percebem uma vez que podiam ser evitados através de um corrector.


Sun Mar 8 14:26 2009



Os erros passaram porque ninguém fez a validação dos mesmos manualmente.

Pelo que eu vi alguns dos erros podem ter sido erros de pressa e, como já foi dito, de alguma falta de pratica no exercício da língua (o tal erro do "vês" apesar de ser crasso não deixa de ser compreensível) enquanto outros são culpa da má fonte que foi escolhida para os obter (Wikipedia)...

Deviam ter sido validados sim mas não se pode andar para aí a atirar essa da "4ª classe" como facto só porque alguém mandou esse bitaite...


Sun Mar 8 14:37 2009



A versão do software em causa pode ter os tais erros ortográficos mas compete aos responsáveis pelo projecto "Magalhães" verificar que está tudo como deve ser antes de o distribuírem pelas escolas. Neste caso, até existe a vantagem do software ser open source, logo, mal fossem detectados os erros, qualquer pessoa poderia corrigi-los de imediato sem grandes alaridos. O que aconteceu aqui foi uma clara desresponsabilização das autoridades competentes. Nem pensarem no assunto. O objectivo era somente "pôr cá fora".


Sun Mar 8 15:13 2009



O tradutor tem duas licenciaturas, uma de Filosofia outra de Informática, mas tiradas em França, em Portugal fez a 4ª Classe, daí eu dizer que tem a 4ª Classe de _Português_, que é o que interessa para a questão.

"mal fossem detectados os erros, qualquer pessoa poderia corrigi-los de imediato sem grandes alaridos."

Tal foi feito, existem updates ao software nos dias 22-10-2008 e 10-1-2009 que mesmo assim ainda apresentavam alguns erros e daí haver outro update dia 06-03-2009.
A reportagem baseia-se numa versão antiga do software que só pode ser encontrada nos primeiros Magalhães distribuídos e que não tenham ligação à internet, caso contrário possuiriam a ultima versão.
O que eu condeno é a atitude de remoção do software por parte do governo, só para calar a contestação de desinformados. A remoção só faria sentido se não tivesse havido a correcção dos erros ou se chegassem à conclusão que o jogo não era didacta.



Sun Mar 8 17:10 2009



Isto parece que anda tudo doido, a Caixa Mágica não sabia em que projecto estava metida? Isto é um projecto educativo para os primeiros anos de ensino, não um teste para os miudos corrigirem.

É evidente que devemos ser exigentes, ou somos exigentes apenas quando nos interessa? Afinal somos todos muito bons quando a coisa corre bem, quando corre mal, é porque aí não era necessário sermos bons, é isso?

A versão do software em causa pode ter os tais erros ortográficos mas compete aos responsáveis pelo projecto "Magalhães" verificar que está tudo como deve ser antes de o distribuírem pelas escolas.

Como podes fazer esta afirmação, sabes alguma coisa sobre o acordo com a Caixa Mágica e dos restantes fornecedores com o Ministério? Ou é mais uma tentativa de arranjar mais uma desculpa? Afinal qual seria nesse modelo a responsabilidade da Caixa Mágica? Ou foi o Ministério que pediu uma distribuição com esses 1.236 pacotes especificamente?

Acordem rapazes, responsabilidade é isto mesmo, é assumir os erros, resolvê-los, aprender com os mesmos, tentando não voltar a cair neles, e ter uma atitude mais humilde e não andar a dizer que são muito bons que fazem e acontecem, mesmo antes de o fazerem acontecer... e aos primeiros problemas parece que não têm nada a ver com o assunto...


Sun Mar 8 18:07 2009



Victor, a CM já se responsabilizou pela falha. Pode-se ler no press-release:

"No caso do software Gcompris, por falha humana da parte da Caixa Mágica, parte da tradução desta aplicação não foi validada."

Querias mais sangue?


Sun Mar 8 18:39 2009



Hmmmm.... uma voz-off de nome Victor, muito crítica... hhhmmm.... será que é uma indicação de quem andou a bradar aos sete ventos o problema?


Sun Mar 8 20:12 2009



@Victor: Como já disse o Gonçalo, a CM já assumiu a sua quota parte da responsabilidade. Mas, em última instância, o responsável máximo - e em falta - é o Ministério da Educação. Como é possível meter cá fora um produto sem a devida revisão? É como um editor/director de um jornal deixar publicar um artigo cheio de erros. No final, é ele o responsável. Porque devia ter feito a revisão necessária e adequada.


Sun Mar 8 20:14 2009



Victor, a CM já se responsabilizou pela falha. Pode-se ler no press-release:

"No caso do software Gcompris, por falha humana da parte da Caixa Mágica, parte da tradução desta aplicação não foi validada."

Querias mais sangue?


Eu não tinha lido a pr da caixa mágica, e li o post do Paulo no blog de onde foram retirados alguns excertos da pr. Mas o que me fez comentar é que ele tenta desvalorizar o problema que no contexto deste projecto é grave naturalmente, e acho piada aos comentadores que acham que é normal e até saudável... e que é o modelo que resolve, sem sequer perceber o que está em causa.

anonimo Sun Mar 8 18:39 2009

Hmmmm.... uma voz-off de nome Victor, muito crítica... hhhmmm.... será que é uma indicação de quem andou a bradar aos sete ventos o problema?


Vê lá a tua preocupação, não é se tenho ou não razão, é se fui eu que andar a espalhar o problema. Mas sempre te posso descansar, não fui eu não, já que nem estou por dentro do projecto, e sempre te posso dizer que também não o faria, e os meus miudos quando o tiverem vão levar com a versão Windows por isso, não estou particularmente preocupado com este problema, agora quem escolheu a versão Caixa Mágica também merece qualidade.


Sun Mar 8 20:25 2009



@Victor: Como já disse o Gonçalo, a CM já assumiu a sua quota parte da responsabilidade. Mas, em última instância, o responsável máximo - e em falta - é o Ministério da Educação. Como é possível meter cá fora um produto sem a devida revisão? É como um editor/director de um jornal deixar publicar um artigo cheio de erros. No final, é ele o responsável. Porque devia ter feito a revisão necessária e adequada.

Paulo como disse anteriormente depende do acordo entre as partes e que ambos desconhecemos.

O Paulo até poderia ter razão se tivesse sido o Ministério a escolher os pacotes que queria, não foi o caso (seguramente seria uma distribuição bem menor), a CM deveria ter garantido a qualidade dos pacotes para inclusão dentro da distribuição, teria sido simples, se em vez dos mil e tal pacotes não tivessem incluído este por manifesta falta de qualidade na localização do sw.

Sabe estas coisas funcionam muito pela confiança que os parceiros têm entre si, se o Ministério a partir de agora tiver de garantir a qualidade do trabalho da CM, pode bem acontecer que nunca mais saia nenhuma versão... por não existirem recursos capazes de o garantir (e já agora teria que garantir o mesmo para todos os outros fornecedores) enfim é bom perceber como funcionam estas coisas e as responsabilidades dos envolvidos.


Sun Mar 8 20:41 2009



@Victor: Tento desvalorizar o problema? Está completamente enganado. O que me indigna neste caso é a atitude do ME e a tentativa de se desresponsabilizar do problema. Não acredito que, num produto com esta importância, o Ministério da Educação não tenha tido o cuidado de fazer uma revisão exaustiva do software instalado e que tenha confiado 100% na CM. Essa atitutde é, no mínimo, ingénua. Afinal, e como o Victor disse anteriormente, "isto é um projecto educativo para os primeiros anos de ensino, não um teste para os miúdos corrigirem".

Depois, há outros que tentam fragilizar o modelo "open source" quando, na minha opinião, nada tem a ver uma coisa com a outra. Também poderia acontecer (como já aconteceu noutros casos) com software proprietário.


Sun Mar 8 21:51 2009



@Victor: Tento desvalorizar o problema? Está completamente enganado.

Por acaso o comentário em relação à desvalorização foi para a CM principalmente e não para si.

O que me indigna neste caso é a atitude do ME e a tentativa de se desresponsabilizar do problema. Não acredito que, num produto com esta importância, o Ministério da Educação não tenha tido o cuidado de fazer uma revisão exaustiva do software instalado e que tenha confiado 100% na CM. Essa atitutde é, no mínimo, ingénua.

Como lhe disse certamente em prazos tão curtos eles tinham de confiar nos parceiros, porque se ficassem com a responsabilidade de rever o trabalho de cada um dos fornecedores ainda hoje não havia Magalhães.

Depois, há outros que tentam fragilizar o modelo "open source" quando, na minha opinião, nada tem a ver uma coisa com a outra. Também poderia acontecer (como já aconteceu noutros casos) com software proprietário.

Concordo plenamente consigo, é responsabilidade, profissionalismos e controlo de qualidade e tudo isso é independente do modelo de licenciamento e de desenvolvimento.

Mas se o fizeram, é porque o próprio Paulo Trezentos insiste em embrulhar o modelo ao barulho, bem sei que o faz naquilo que ele vê como mais positivo, e não no que de menos positivo o modelo traz, e com um dos problemas das distribuições hoje em dia que são olhadas muito pela quantidade do que lá vai e muito pouco pela qualidade...

Mas na minha opinião o modelo devia ter ficado de fora da discussão, mas como disse foi o próprio Paulo a fazê-lo... e ele não se pode esquecer que este não é um projecto igual aos outros...