Aparentemente o Governo passou o financiamento da internet nos Magalhães para os orçamentos autárquicos sem que estes recebessem uma receita extraordinária para o efeito. Claro que as autarquias recusam-se a pagar e os pedidos de internet têm sido menos que o previsto. Agora, já se vai ouvindo nos media tradicionais, que são as telcos que pedem ao Estado a compensação pelo o investimento feito e não ressarcido.
Como utilizador de 3G à cerca de dois anos posso afirmar que a rede está pior agora que no passado, as telcos têm investido no markting mas a infraestrutura não tem acompanhado a angariação de clientes. Actualmente a experiência de navegar por 3G faz-me lembrar os dial-ups de 56k de à mais de uma década, a diferença é que é amovível mas as velocidades são idênticas. Com uma contratação de 1,8Mbits de download raramente ultrapasso os 10KB/s e tenho stalls de 30s. Este comportamento é verificado em diversos pontos físicos bastante distantes entre si e com a captação do sinal no máximo em HSDPA, por vezes é melhor optar por ligar em GPRS sempre é mais estável a ligação. Os únicos sítios onde consegui ultrapassar os 30KB/s foi no aeroporto da Portela e em Seia.
Já rescindi contrato e só volto quando a infraestrutura estiver minimamente dimensionada para o numero de utilizadores da mesma, algo que não prevejo para tão cedo. Tenho pena que muitas famílias em Portugal tenham a sua primeira experiência de navegação na internet com estes produtos 3G supostamente de banda larga, certamente as impressões sobre as internetes não vão ser muito positivas.