Em termos políticos sou uma pessoa sem quaisquer raízes, consigo-me identificar com várias propostas da chamada direita quer com as da esquerda. Como tal nunca no passado tive qualquer tipo de fidelização com partidos políticos, limitando-me a cumprir o dever cívico e a intervir nas discussões mundanas entre amigos com algo que possa esclarecer o meu ponto de vista perante determinado assunto político.
Penso que sou daqueles quebra-cabeças para o pessoal das estatísticas, pois o meu voto pode ser extremamente diferente consoante o tipo de eleições e as ideias expressas na véspera pelos candidatos.
Esta introdução tem o propósito de não ficarem com a ideia de que sou um porco fascista após as palavras que irei expressar posteriormente.
Ontem foi notícia o facto de que o governo está a atentar contra a liberdade de expressão devido ao facto de que dois policias terão-se dirigido à sede de um movimento sindicalista. Isto foi tomado como certo pela opinião pública que parece-me se deixar intoxicar muito levianamente. Exemplo desta precipitação é o recente caso de Maddy onde num abrir e fechar de olhos se passa da solidariedade aos insultos.
Como céptico convicto, tenho por hábito não formar juízos sem ouvir ambas as partes, e em relação à notícia de ontem apenas ouvi declarações de uns sindicalistas, a quem não posso dar muito crédito devido aos interesses inerentes. Longe de ser legislador, parece-me evidente o direito à manifestação, mas por outro lado esse direito tem como dever o comunicar às autoridades vários aspectos da mesma de modo a que estas possam minimizar o impacto na ordem público. Posto isto, nada me garante que as autoridades pretendiam condicionar a greve a pedido do governo ou apenas saber os contornos da mesma, como é seu dever. Irei esperar pelas conclusões das averiguações que estão a decorrer para formar um juízo final, ao invés de andar para aí a mandar bitaites incoerentes com a realidade.
Já agora, alguém sabe quais a revindicações da manifestação? Pois...