Já em Maio passado tinha referido o lançamento do filme "Last Days" no festival de Cannes.
Só à senvivelmente 15 dias o filme chegou ás salas portuguesas e somente ontem fui assistir à película, poderia tê-lo feito anteriormente pois já haviam versões piratas a circular pelas redes peer-to-peer mas cedo decidi que queria vê-lo no cinema.
Durante este tempo fiz um esforço para não ler as críticas sobre o filme, não queria ser influenciado pelas massas de modo a ter uma opinião baseada na tábua rasa.
E a minha opinião é que o Gus Van realizou um filme vazio apesar da sua visão sobre os últimos dias de Kurt Cobain ser válida tendo em conta os relatos conhecidos. O problema é a sua visão limita-se a relatar os actos de um maluquinho separado da realidade mundana. Ora, o que me parece é que se os últimos dias de Kurt Cobain foram assim, então não existe conteúdo para se fazer um filme, talvez a realização de um filme sobre toda a sua vida tivesse muito mais razão de ser.
Depois, durante todo o filme fiquei intrigado com as pessoas que estava a viver na casa de Seattle do Kurt, ou a memória está-me a falhar redondamente, ou nunca li que a casa tivesse habitada por amigos aquando da sua morte, o que me fez pensar que Gus para que o filme não fosse um vazio total decidiu colocar estas personagens na história e ao mesmo tempo transmitir a ideia de que no fundo Kurt estava rodeado por pessoas que na realidade apenas se queriam aproveitar dele.
O actor, Michael Pitt foi muito bem caracterizado e em alguns momentos parecia mesmo o Kurt Cobain, os pormenores iam desde da roupa ao cabelo, mas também passavam pelo o modo de fumar até ao aspecto magricela. Com toda esta clonagem houve um pormenor que reparei que provavelmente aos olhos de muitos passará despercebido, mas o actor apesar de escrever com a mão esquerda depois a tocar guitarra fazia como destro, e o Kurt tocada como canhoto.
ps: Eramos sete pessoas a ver a última sessão do filme nas salas do saldanha, duas sairam a meio provavelmente porque estavam á espera de uma realização á HollyWood já que é normalmente o que a LusoMundo distribui, outras duas passaram o tempo a escrever SMS no telemovel e a tirarem fotografias uma á outra. E assim vai a educação portuguesa...