Antes de começar a falar sobre a "Blogoshere", o melhor será definir o conceito inerente á palavra "Blog" durante esta reflexão.
Quando escrever "Blog" estarei a conceptualizar um site administrado por uma pessoa individual anónima (ou não) ou por um pequeno grupo que periodicamente insere no mesmo qualquer tipo de informação. Não me estarei a referir a foruns online como o Slashdot e variantes apesar destes terem sido a origem dos "weblogs".
Parece-me consonante que o ano presente será recordado como o "BOOM" dos Blogs e esta massificação tem e terá reflexo na sociedade, é por esse mesmo motivo que se verificam tantas opiniões sobre a Blogoshere em si.
Mas o que levou a este crescimento expoencial do Blogs? Será que só agora os cibernautas tiveram a necessidade de tornar público as suas opiniões/trabalhos/fotos/crenças? Não, esse desejo esteve sempre presente, o que mudou foi a acessibilidade. O facto da Internet estar espalhada por todo o globo e de disponabilizar serviços que permitem ter um blog sem que haja necessidade de possuir conhecimentos técnicos é que fez com que estes nascessem como cogumelos.
Existem consequências imediatas deste hype, o cidadão possuí mais informação para absorver mas esta apresenta-se mais repetitiva e dispersa, o que faz com que os agregadores de feeds (aka Planetas) comecem a ter grande popularidade em deteriorimento dos foruns de opinião onlines. Mas se há mais informação então podemos considerar este crescimento de positivo? Eu penso que Sim se soubermos distinguir o joio do trigo, apesar de quando algo se torna mainstream o joio crescer muito mais rápido que o trigo podendo eventualmente prejudicar o último, mas estas são as regras da sociedade e nao podemos ser elitistas.
A febre do Blogs está bem patente na discussão que surgiu após o Paulo Querido ter publicado um artigo no Expresso onde pelo que percebi (já que não li o artigo original) acusava a Blogosphere de estar menos intelectual que há uns anos e também apresentava um ranking dos blogs portugueses mais lidos. Como é hilariante presenciar os auto-intitulados intelectuais portugueses discutir assuntos tão superflúos como "O meu é maior que o teu se usares a minha fita métrica".