Não há outra maneira de me referir ao imposto Automóvel se não como uma VERGONHA e ROUBO nacional.
Todos os estudos referem Portugal como o país que tem o parque automóvel mais antigo da união europeia, mas o que esses estudos muitas vezes não advertem são as condicionantes para que assim o seja.
O problema está no facto de que Portugal tem os carros mais caros da UE, não devido ao lucro dos comerciantes em si mas devido ao elevado imposto que o Estado Português impõe ao contrário dos outros países, já que o preço base é idêntico em todos eles.

O mesmo carro em Espanha custa cerca de 2/3 do preço do que em Portugal e tendo em conta que o nível de vida dos Espanhóis é 2 vezes maior que a nossa está explicado o porquê dos portugueses não comprarem tantos carros novos e a culpa disto deve-se á falta de visão dos nossos governantes que não percebem que se baixarem o imposto automóvel mais viaturas serão vendidas e portanto iram buscar praticamente as mesmas receitas no imposto, mas impera nestes governos a inércia para mudar seja o que for. Gostam tanto de referir a Europa como exemplo a seguir mas na prática continuamos com políticas fiscais de 3º Mundo.

O imposto automóvel em Portugal está mal implementado logo na sua base, quanto maior a cilindrada maior o imposto a pagar, quando devia de ser os cavalos e nunca a cilindrada, mas o que alguns países europeus já estão a aplicar é que quanto maior a poluição provocada pelo carro maior o imposto e parece-me que esta é a medida certa pois o ambiente tem de ser uma prioridade.
Mas para além do IA o estado também aplica o IVA e fá-lo de um modo que não passa de um malabarismo financeiro para ir buscar mais receitas, quem se recente é o consumidor final com um preço mais elevado. O estado aplica o IVA como dupla tributação porque o aplica em cima do IA, ou seja fá-lo da seguinte forma: (Preço_base + IA)+(preço_base + IA)x19% e o que todos os outros países fazem é (preço_base + IA) + (preço_base)x19%.

Em 2010 espera-se que o comércio dos automóveis seja realmente livre dentro da UE, quando assim for tenho a certeza que Portugal apesar de ter o pior nível de vida não terá o parque automóvel mais antigo, porque nesta sociedade o lema "Diz-me que carro tens, dir-te-ei quem és" aplica-se na perfeição.

E viva os transportes públicos...

Concordo com a tua visão do IA, mas queria aqui referir um outro q tb irrita qq um: o ISC (imposto sobre os combustíveis) q em vez de ser uma taxa fixa, varia com os preços estabelecidos pela OPEP. Isto torna o estado um grande interessado na subida do preço base do crude, apesar de ser tb um exemplo de orientações q em nada favorecem o crescimento económico... Será q o q eles querem é ver o preço do barril de crude nos 70$? É q a partir desse patamar passa a ser viável explorar as jazidas de A-dos-Cunhados e arredores, transformando em definitivo aquela área num verdadeiro Wild West!!!!

Viva,

Isabel, os transportes públicos até podem ser uma alternativa viável em situações como grandes centros urbanos, apesar de andarem cheios e muitas vezes sem as medidas de segurança consideradas minímas. Se viveres num sitio rural onde tens um número limitado de transportes publicos ás vezes é insuportável te limitares aos seus horários.
Se tivessemos uma rede de transportes públicos decente acho que havia muito mais adesão, eu pelo menos não me importava de deixar o carro em casa e ter um motorista a stressar por mim.

Zombie, secalhar querias-te referir ao ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos) e não ao ISC (que desconheço mas até pode existir, afinal de contas, impostos é o que não falta neste país). Mas o ISP é uma taxa fixa por litro, o que deita por terra o argumento de que o estado ganha mais com o aumento do preço do crude.

Retirado de um site de ecomonia:
"Em Portugal, o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), a que se soma o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), um caso típico de dupla tributação, que incidem sobre cada litro de gasolina ou de gasóleo, agravam o preço final do combustível entre 70 a 75%. Só em relação ao ISP, o fisco arrecadou entre Janeiro e Maio deste ano 1187 milhões de euros, mais 7,9% face a período homólogo do ano passado, muito acima dos 3,5% que o Governo tinha fixado no Orçamento do Estado.

Refira-se, a título de exemplo, para a gasolina sem chumbo de 95 octanas, que quando a União Europeia estabeleceu um intervalo para a taxa do ISP entre os 0,287 euros e os 0,553 euros por litro, o Governo português optou por um valor próximo do máximo, 0,523 euros (quase 105 escudos por litro), isto sem contar com o IVA. A Espanha fixou uma taxa inferior à portuguesa."

È sempre bom saber que dos 1,06 euros por litro, 0,53 vai para o estado que ainda cobra depois o IVA, outro caso de dupla tributação. E è por causa daqueles 1187 milhões que continuamos a usar este combustivel caro e poluente quando existem outros bem melhores mas que não eriquecem muitos destes lobby's. E assim vai o mundo..