Ontem o país foi ás urnas votar para as autárquicas e o resultado não trouxe surpresas de maior já que foi em tudo idêntico à 4 anos atrás, ou seja, o PSD é o partido que o portugueses mais elegem para governar o poder local. A partícularidade destas eleicões estava voltava para os canditatos que estão abraços com a justiça nomeadamente, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, Isaltino Morais, e Ferreira Torres e para espanto nacional (ou não tanto para quem seguisse as sondagens) todos eles ganharam a câmara excepto Ferreira Torres que tinha em sua desvantagem o facto de se estar a candidatar uma câmara nova e não numa recandidatura como todos os outros. Portugal se é uma república de bananas, é porque grande parte do seu povo não passa de trogloditas sem 2 neurónios capazes de pensarem por si próprios e se deixarem levar pela cantiga do bandido. Havia tanto a reflectir sobre esta matéria, mas de momento a azia faz-me parar por aqui.
O outro lado das autárquicas que desperta a minha curiosidade é a nível tecnlológico, e aqui as coisas realmente não correram pelo seu melhor. O ITIJ com o STAPE e a IBM montaram a infraestrutura que permitia aceder aos resultados pela internet. Sem estar muito por dentro da infraestrutura, acho que podemos avançar que se tratava de mainframes com DB2 que disponabilizavam Web Services via SOAP de modo a que terceiros podessem implementar o cliente.
Não existem muitos pormenores sobre o que correu mal ao ponto do sistema estar 3 horas sem disponabilizar informação, o que fazia que os clientes desenvolvidos pelos media não apresentassem quaisquer resultados. A minha suspeita vai mesmo para as Bases de dados e algum sistema de backups que pode ter interferido com as mesmas, já que ao nível de largura de banda tudo parecia minimamente dimensionado. Talvez o facto do webservice ter sido projectado de modo a disponabilizar a informação especifica levasse a demasiados pedidos ao servidor consumindo demasiados recursos, algo como um pedido que recebesse toda a informação e deixa-se depois ser o cliente fazer o parse da mesma teria sido mais prudente, mas isto são tudo conjecturas, e o melhor será esperar pelo o esclarecimento de alguém da parte técnica do projecto.
UPDATE(11/10/05): Acabei de ver o noticiário da SIC onde Màrio Valente em representação do ITIJ esclareceu quais os problemas técnicos verificados. O problema, tal como eu suspeitava, deveu-se á sobre-carga da máquina onde estava instalada a Base-de-Dados pois verificou-se uma média de 150 transacções por segundo. Apesar de terem várias máquinas na infraestrutura, umas para receber informação outras para a disponabilizar, havia um elo comum a ambas as operações, a máquina da base de dados.
Apesar do Mário Valente ter sido bastante explicíto que o problema técnico foi identificado e que a culpa é do ITIJ (apesar de pessoalmente achar que o nome da IBM está a ser protegido neste caso) o Ministério da Justiça nomeou uma comissão da faculdade do Minho para averiguar o problema de modo a não acontecer no futuro. Perante este cenário pergunto-me, será que os técnicos da IBM e do ITIJ não têm conhecimentos técnicos suficientes para solucionar o problema já que este está identificado? Visto a infraestrutura estar fisicamente em Lisboa será preciso ir a Braga buscar os técnicos, faculdades como o IST, FCUL, Nova, ISEL não estão á altura do desafio?